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Cris Kajiwara representa a CBFA e o Flag Football em imersão do COB

Cristiane Kajiwara, presidente da Confederação Brasileira de Futebol Americano. Foto: Rafael Bello/COB

Cristiane Kajiwara, presidente da CBFA – Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA) marcou presença na recente imersão promovida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), evento que reuniu novos presidentes de confederações e membros da Comissão de Atletas do COB (CACOB). O encontro foi um momento crucial para alinhar diretrizes e integrar as novas modalidades olímpicas, incluindo o flag football, que fará sua estreia nos Jogos de Los Angeles 2028.

Em entrevista exclusiva, Cris Kajiwara, presidente da CBFA, compartilhou sua visão sobre o impacto da imersão e os planos da entidade para fortalecer a modalidade no Brasil.

O impacto da imersão do COB para o Flag Football

Para Kajiwara, o evento reforçou a dimensão e a responsabilidade de integrar o programa olímpico. “Já havíamos sentido um pouco disso na primeira imersão, mas agora caiu a ficha de verdade. Estamos vivendo esse momento olímpico, e percebemos o tamanho do trabalho que precisaremos desenvolver, não só administrativamente, mas principalmente dentro de campo”, destacou.

A participação no evento também proporcionou um contato direto com outras confederações e dirigentes esportivos, permitindo à CBFA compreender melhor os desafios e oportunidades que acompanham a filiação ao COB. Além disso, a imersão consolidou a entrada da entidade na esfera de decisões estratégicas do esporte nacional. “Estar presente em uma assembleia e votar sobre o Pan-Americano de 2031, por exemplo, nos fez perceber que fazemos parte desse movimento olímpico”, acrescentou a presidente.

Filiação ao COB e planos para 2025

Atualmente, a CBFA está em processo de formalização da filiação ao COB, o que deve ser concluído até abril ou, no mais tardar, o meio do ano. Essa oficialização trará impactos diretos para o flag football, como acesso a recursos e suporte para estruturação do esporte no Brasil.

“A filiação significa que vamos receber investimentos e trabalhar muito, não apenas no alto rendimento, mas no crescimento da base. A NFL e a IFAF já estão nesse movimento global, e precisamos garantir que o flag football não só esteja em 2028, mas que continue no programa olímpico”, afirmou Kajiwara.

A preocupação com a permanência no cenário olímpico foi reforçada após conversas com dirigentes de outras modalidades, como o beisebol, que já entrou e saiu dos Jogos Olímpicos em diferentes ciclos. “Não queremos avançar por quatro anos e depois retroceder. Nosso objetivo é construir um legado duradouro para o flag football no Brasil”, completou.

O que esperar para o futuro?

A CBFA anunciará em breve sua nova gestão e estrutura organizacional, com um evento marcado para o mês de fevereiro, em São Paulo. A entidade pretende apresentar seus planos e esclarecer como serão aplicados os primeiros recursos recebidos via COB.

Apesar do entusiasmo, Kajiwara ressaltou que os valores destinados à CBFA seguirão critérios rígidos de aplicação, conforme diretrizes do COB. “É um recurso significativo, mas não significa que estamos milionários. Precisamos administrar com responsabilidade, e os gestores do COB estarão nos auxiliando nesse planejamento”, explicou.

Outro ponto positivo da filiação é a possibilidade de utilizar as instalações do Centro de Treinamento do COB para testes e preparação de atletas. “Infelizmente, ainda não há um campo específico para flag, mas já podemos utilizar a estrutura para avaliações e desenvolvimento do esporte”, comentou Kajiwara.

Conclusão

É cada vez mais real que o flag football brasileiro está entrando em uma nova era com a integração ao COB e a perspectiva olímpica para 2028. A participação da CBFA na imersão do Comitê Olímpico reforça a seriedade, o comprometimento e a responsabilidade da Federação em crescer de forma sustentável, fortalecendo sua base e garantindo um futuro promissor no cenário esportivo nacional e internacional.

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