Com defesa dominante, time carioca termina o campeonato com somente seis pontos tomados e conquista o ouro na final contra o Desterro Atlantis.
Foram 158 pontos marcados e apenas seis sofridos. Números que mostram a dominância do Vasco Almirantes ao longo do final de semana dos dias 25 e 26 de novembro, no Centro de Treinamento Touchdown, em São Paulo. Após dois dias nublados e chuvosos, o Vasco terminou o campeonato uma campanha irretocável (seis vitórias e nenhuma derrota) e conquistou seu primeiro título nacional no flag football.
Além das medalhas de ouro e do título nacional, o Vasco ficou com os dois troféus de MVP (jogadora mais valiosa) da Superfinal 2023. No ataque, destaque para a QB Rachel Jacob, e na defesa, Thamires Soares, a Sosô, foi a escolhida.
“Nem nos nossos melhores planejamentos a gente esperava um ano tão abençoado. A gente realmente está bem feliz com esses resultados. É realmente um ano pra ficar na história do nosso time”, disse Isabella Marzullo, gestora e atleta do Vasco.
Fase de Grupos
Ao todo, foram 16 times participantes representando 9 estados brasileiros e o distrito federal. No primeiro dia, a chuva equilibrou alguns confrontos e aumentou a emoção, com muitos jogos sendo decididos por poucas posses.
No Grupo A, o Cobrarés (3-0) sobrou. Três vitórias em três jogos, marcando uma média de 42 pontos por partida. A 2ª posição foi disputadíssima, mas as catarinenses do Sirius Breakers (1-1-1) conquistaram a vaga ao empatar com o Weillers e vencer o Remo Lions por 26 a 13. O Remo (1-2) venceu o Weillers por 19 a 18 e ficou com a 3ª posição, e o Weillers (0-1-2) terminou com o quarto lugar.
No Grupo B, Desterro Atlantis (3-0) e Goiânia Rednecks (2-1) venceram seus dois primeiros jogos, e se enfrentaram na tarde de sábado pela 1ª posição do grupo. Com um campo bem prejudicado, o jogo teve emoção até o último segundo, quando o Atlantis conseguiu a virada após uma corrida de campo inteiro da WR Gabriela Bankhardt, seguida da conversão de 1 ponto. Placar final de 20 a 19 para o Atlantis A 3ª posição foi do Parnamirim Scorpions (1-2), que venceu o Lobos Academy (0-3) no último jogo do primeiro dia.
No Grupo C, três vitórias para o Vasco Almirantes (3-0). Segundo Lugar foi do Storm (2-1), que fez ótimos confrontos contra o Manaus Cavaliers (1-2) e o Coritiba Crocodiles (0-3) Também em um campo muito castigado, Manaus Cavaliers e Croco fizeram uma batalha na lama, que terminou com vitória da equipe do Norte por 19 a 12.
No Grupo D, muito equilíbrio. As atuais campeãs da Superfinal, Valkyrias (2-1-0), defenderam a primeira posição ao ganhar do Phoenix (2-1) por um ponto, num jogaço já no primeiro horário do dia. Placar final de 21 a 20. O Phoenix dominou os confrontos contra o Brasília Selvagens (0-3) e contra o Starzz (1-1-1) e ficaram com a segunda posição. Mesmo arrancando um empate por 12 a 12 contra as Valkyrias, o Starzz não conseguiu vaga para as quartas de final.
Mata Mata
Pela manhã de domingo, a chuva deu trégua, mas os jogos seguiram equilibrados e emocionantes. Cobrarés e Rednecks fizeram um embate histórico. O time goiano até saiu na frente, mas a experiência das atletas multicampeãs do Cobrarés ajudou o time a garantir a virada e a vitória por 13 a 6. No campo ao lado, no confronto catarinense, o Atlantis levou a melhor contra o Sirius Breakers e garantiu a vaga na semifinal.
Vasco e Phoenix fizeram um grande jogo defensivo, mas a vitória acabou ficando com as cariocas, pelo placar de 15 a 6. A última vaga da Semifinal foi do Storm, que surpreendeu as atuais campeãs Valkyrias ao vencer por 18 a 13.
Nas semifinais, mais um reencontro histórico. Atlantis e Cobrarés, que já haviam se encontrado nas quartas de final do ano passado, reeditaram um jogaço. Lindas jogadas dos dois lados, com destaque para a recebedora Taísa Alencar, que anotou touchdowns impressionantes. Por fim, o jogo coletivo do Atlantis levou a melhor, e vitória do time de Florianópolis por 25 a 18. A segunda vaga na final ficou com o Vasco, que dominou o Storm e não deu chances para a equipe paulista. Placar final de 23 a 0.
Experiência leva a melhor na final de 2023
Vasco e Atlantis já haviam se enfrentado na Superfinal de 2022, na decisão pela medalha de bronze, mas apesar das duas equipes estarem estreando em finais nacionais, o Vasco contou com a experiência e qualidade de atletas já campeões nacionais anteriormente, por outras equipes.
O início do jogo foi favorável ao Atlantis, que começou atacando e avançou bem na sua primeira campanha, mas ao chegar na frente da endzone, deixou as oportunidades escaparem, e devolveu a bola ao Vasco. Com calma e paciência, o Vasco foi encontrando espaços na defesa do Atlantis, e pontuou duas vezes no primeiro tempo.
Ainda com o placar de 6 a 0 o segundo tempo, o Atlantis esboçou uma reação, quando a defensora Vitória Pitz interceptou e retornou o campo todo para marcar o Touchdown, mas a jogada foi invalidada por uma falta de interferência de passe, que renovou as descidas para o Vasco. Na sequência, conexão de Rachel com Calaça, e placar de 12 a 0 para o vasco.
Na segunda etapa, mais dois touchdowns do Vasco, com Lígia e Man, que retornou uma interceptação para touchdown, colocando números finais no placar de 24 a 0 e o título para o Vasco.
3º lugar
Na disputa de bronze, vitória para o Cobrarés (MS), que dominou o Storm (SP), e venceu por 47 a 12, conquistando mais uma medalha para o tradicional time do Centro-Oeste.